quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Dicionario B

Bacanal – é arranjar umas bacanas, dar umas fodas e ter muito cuidado para
non ser confundido e enrabado.
Badalhoca - A que toma banho todos os dias. As outras son piores.
Badalo — Caralho cansado ou com depresson e ar triste, sempre a olhar para
o chon.
Batalha (Bai no) - resposta que se leba quando se pergunta se son três pratos,
querendo pagar só um.
Banal - Coisa exótica que se biu milhões de bezes.
Baselina - Lubrificante que sai mais caro que a margarina ou o unto.
Basilha da desgraça - O mesmo que catraio ou máquina fotográfica, ou seja.
garrafon de cinco litros.
Bai pró caralho – Antítese do que se pode pensar, ou seja “Hoje non tens
direito a nada”
Bedum - Biscosidade que se forma no meio dos dedos dos pés, nas brilhas e
em volta do pescoço. Raspa-se com as unhas.
Bêeme – a biatura de sonho de qualquer morcon.
Bela — Emprega-se muito para os lados da Sé, na adibinha: “A Bela
preguntou por ti - Qual bela? - A bela pica!”
Beloso (Rui) - Grande músico! Num tinha nada que ir ao baile a Balbom.
Benfica - O mesmo que abstinência, quando joga em casa.
Bentas - Por onde se assobia às gajas.
Berga - Pela sua força é que se bê se é preciso comprar biagra ou non.
Beste seler - Palabra de origem Americana que significa que tem muita saída
e rende mais de quatro contos e quinhentos por dia.
Bianal - Acontecimento que se repete de dois em dois ânus.
Bibrador – Oh, balha-nos Deus! Para quê ? Isto non é Lisboa. Aparelho
sexual a pilhas, para colmatar a fome entranhada. Com pilhas alcalinas
redobra a bibraçon, mas non altera o tamanho. Bende-se em sex xopes.
Bicha - Paneleiro ou artista da capital.
Bicho mau - Ameaça que as mães fazem às criancinhas quando recordam
uma má experiência.
Bico - o mesmo que bochecho, mas mais caro.
Bitorinos - Sapatos de pele fina e delicada de cona de andorinha, usados
pelos gajos selectos. Os cagões usam botas de matar a barata no canto da
sala.
Bitri - Dar duas por trimestre.
Boa Noba — Quecódromo em Leça da Palmeira, generosamente iluminado
pela dinâmica Cambra Municipal local, onde o romontico António Nobre
aprendeu a escreber.
Bó-Bó - É perguntar ao Manuel de Oliveira
Bocábulo - Palabra que designe qualquer coisa que se possa pôr na boca,
como caramelos, grelos ou o caralho.
Bochecho - O mesmo que broche, mas de maior dificuldade em aplicar na
lapela.
Bordas - De dentro para fora é onde começa a pintinlheira. De fora para
dentro é onde acaba.
Bordinhas - as bordas de dentro. Já falta pouco para chegar ao grelo, a non
ser que os óculos estorbem.
Boton de rosa — Sintoma de bista cançada. Engano frequente quando se
quer chupar outra coisa e a bista non ajuda. Na época dos figos deixa
grainhas no meio dos dentes.
Bonito - O amor é muito bonito. Diz-se quando um cheque non é careca. Dizse
também dos sabonetes Ach Brito na expresson: ”Bonito bonito, son os
sabonetes Ach Brito”. Nas Fontaínhas há uma berson semelhante: “Bonito
bonito, son os colhões a bater no pito”.
Bosta – matéria betuminosa que se agarra com facilidade à cachola da piça
(ber em cachola).
Broche - Há para todos os preços e de bários feitios, dependendo do
material. Usa-se na lapela.
Brochemi - Palabra que se usa quando as estrangeiras estão a ladrar e a gente
não entende um caralho do que elas dizem e no fim perguntam: “Do iu
minite?”. Nesse caso responde-se logo: “Ifiu brochemi”
Bufa - Peido embergonhado sem acompanhamento musical, que se
manifesta por odor acentuado. Nunca se largam quando só estão duas
pessoas, pois pode ser-se descoberto.
Bulir (toca a) - Ir para o café ber o futebol e enfiar uns tubos.
Bunda - A peida das Brasileiras e dos Lisboetas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário